08/12/2011

Livre arbítrio

Concreto, asfalto, luzes e lágrimas;
Semáforo, cheiro de urina e papelão;
Cola, salto alto pisa e 'toc toc'..

Congestionamento, mente congestionada mente.

desilusão, multidão não vê, caminha, rasteja, grita, corre, pisa mas não vê.

Próxima estação Sé, desembarquem pelo lado esquerdo do trem.
Desembarquem, quem?

Ninguém sabe, ninguém ouve, ninguém vê, mas crê.

crê exatamente no quê? não é em mim, nem em você.

talvez no monitor ou na tela alguém consiga ver.. mas debaixo do viaduto ou sobre o viaduto, isso ninguém vê.
Porque?

Na cidade grande todos estão muito preocupados com o feriado de natal, com o jornal nacional, com o décimo terceiro e com a roupa branca da virada, significa paz, mas ninguém vê que patrocina guerra todos os dias quando olha e não vê nada além de um cobertor fedido, semiaquecido pelas folhas de jornais.

Tudo já foi pré estabelecido, não me levem a mal.

Direitos humanos

Caráter? mais sujo que papel higiênico usado.

Percebeu o valor das coisas? e o valor das pessoas? nenhum.

Os reflexos distraíram-no e o afogamento foi inevitável.

Patas, asas, vírus e a luxação cerebral fizeram desse cadáver o ser mais humano dentro da sala de visitas.

va zi o: eu, cheia de vazio.
Premiações em torno daquela mesa, pratos cheios de beleza e de dor, lá fora ele vê, enxerga no reflexo do reflexo do reflexo.. nada.

Ele não viu nada, muito menos você.
Sirenes, de ambulância? -não, é a policia, precisa manter a ordem, liberta o culpado e castiga a vitima.

Boa sorte!

O câncer nosso de tododia

Cefaleia, náuseas, dislexia, convulsão; Todos os dias as dores presenciam meu enfisema (não é pulmonar), mas o espelho não mostra isso.

Então você rasteja sobre as ruas asfaltadas da cidade "grande" e descobre que a cidade é menor do que se pode imaginar.

Vultos assombram o meu pensamento, mas as palavras fogem, fulguram, levitam, longe de mim.

Todos os dias as horas não passam e eu envelheço sem notar a flor murcha do meu coração.

Você não deveria ter se vendido, eu também não.