Noite passada acordei molhada, sonhei que o pau duro e grosso da mentira se metia na minha boceta como uma faca
Eu gozei pra caralho, gozei, gemi e ao invés de porra, jorrou sangue
Era salgado e ácido, era escuro e sujo, era pesado
Eu rastejava pelos lençóis da cama, suada, ferida, assada.
Tudo ardia e sangrava, meu sorriso cínico era só escara
Não cuspia naquela pica, só vomitava
Fingia sentir prazer, fingia que gozava
Aquele sonho muito representava
o pus que escorria da minha boceta me completava
E a boca da mentira me chupava
Da sua língua saiam larvas
Seu sorriso me assustava
sua voz me torturava
Acordei excitada
entre o gozo e a risada eu soluçava
chorava
gritava
desesperava
E o sangue do meu lençol não era farsa
Nele eu via todo amor que eu tanto zelava
A mentira tudo guiava e até confortava.
O que arromba a minha boceta, o que corta minha carne, o que me desperta amor
São as mesmas coisas: vida e morte mal aproveitadas.
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