28/04/2016

Você é sujo (a)

Noite passada acordei molhada, sonhei que o pau duro e grosso da mentira se metia na minha boceta como uma faca

Eu gozei pra caralho, gozei, gemi e ao invés de porra, jorrou sangue
Era salgado e ácido, era escuro e sujo, era pesado

Eu rastejava pelos lençóis da cama, suada, ferida, assada.
Tudo ardia e sangrava, meu sorriso cínico era só escara

Não cuspia naquela pica, só vomitava
Fingia sentir prazer, fingia que gozava

Aquele sonho muito representava
o pus que escorria da minha boceta me completava

E a boca da mentira me chupava
Da sua língua saiam larvas

Seu sorriso me assustava
sua voz me torturava

Acordei excitada
entre o gozo e a risada eu soluçava
chorava
gritava
desesperava

E o sangue do meu lençol não era farsa
Nele eu via todo amor que eu tanto zelava

A mentira tudo guiava e até confortava.

O que arromba a minha boceta, o que corta minha carne, o que me desperta amor
São as mesmas coisas: vida e morte mal aproveitadas.



Nenhum comentário: