17/06/2009

Homero e seus moiras.

Abra meu reflexo, cheio de veias, sangue e de pretextos
aplique-me insulina, aplique Amoxilina, não esqueça de Anfetamina
reacção, intra-sucção, rebeldia, e desritmia
Sou a internação do são que sofreu paralisação
esquizofrenia, bipolaridade, TOQ, baixa estima, batom borrado e maquiagem
Gritem!
fujam!
nada me prende, as camisas de força não me seguram, a camisa de Vênus me entende
chás, ervas, cogumelos, haxixe e colheres acesas no esqueiro
listras horizontais, pulso cortado, racho no espelho
água escorre, tesoura, devaneio
Leucotomia?
estou morrendo de medo, sua lobotomia não me causa medo
tente, use, ouse, invada, e deleite
Louca, o sou.. sem enfeites
roupas rasgadas, estranho meu corte de cabelo
pinturas exageradas, falta de oxigênio
Fui capturada, encontraram meu tal pretexto
agora a carta foi rasgada, riem dos meus textos
debocham dos meus delirios, gozam dos meus "pseudos.."
rezas?
Não sei rezar direito
preces, as faço com a cabeça no travesseiro!
Rebeldia?
tudo tem seu proveito
Louca, nunca neguei ser
não votei no seu prefeito, não li Veja com proveito
Não assisti " Mutantes", dormi cedo
mas acordei com olhar aceso

Pensa me ter sob controle, sei que isso é do seu conceito
mas corro nestes corredores, no meu cavalo, cabelo ao vento
converso com meus amigos imaginarios, e canto as canções que fazem efeito
Manipulação não sofro, a aplico em Você e nos teus anseios
até os canais que quero, você assiste sem receio
as musicas que espero que você ouça, estão no seu cerebelo

não desista dos seus medos, não entregue seus conselhos
o chip é entretenimento, e esse sorriso tingido é parte do MEU ROTEIRO!

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