24/01/2012

Pedaço do vazio chamado eu

Os barulhos da televisão me interrompem por um instante, e cesso a digitação barulhenta dos meus pensamentos, dores nas vistas, cefaleia, labirintite e o estômago ronca insistentemente.

“ - Sono, foi-se covardemente, como se eu o tivesse expulso, deixe-o ir, pouco importa! ”

Uma vez alguém me disse, que a arte da escrita era “99% transpiração e 1% inspiração”, não tenho suado muito ultimamente, nesse caso a musa não faria diferença, meu mundo lúdico é uma tragédia romana em um vestido vermelho, de salto alto, dançando tango a sós.

Raquítica, a minha esperança sofre de inanição, bucólico demais para você querer ler, dane-se!

Agora, cachorros latem, gatos miam, pássaros .. (estão dentro das gaiolas), como o meu coração, por isso não cantam.

Idade do sol, idade da lua, sob o signo da incerteza, calculando meu ascendente, em meio à elementais da guerra; não faço questão de concordância nominal, quando o verbo está em coma, o adjetivo envaidece o tempo, a prosa e a rima são vícios de linguagem.

Quanto ao titulo, detalhes asfixiados por thinner, amortecidos por anestésicos utópicos e substituídos por prozac.

Entenda como quiser, o riso do palhaço foi efeito anfetaminico, e a cidade destoa os artifícios, silêncio, lágrimas, cinzas de cigarro.. alto falante pulsa em veias sem sangue, onde um coração perdeu células vitais.. os vermes corroeram o veneno doce chamado vida.

Um comentário:

Denis Beck disse...

Cinza e simples.

Textos que sabe-se que poucos gostam, fodam-se. rs