25/05/2015

"Domingos matam mais homens do que bombas"


Um grande guarda chuva aberto sobre a minha cabeça, e em baixo chuva e lágrimas; um sonho sobre um pai, remédios, aulas, sapos mortos e a solidão personificada em mim.

A porta bateu-se, as chaves caíram dos bolsos, o sorriso caiu por terra.
Nenhuma mensagem, nenhuma ligação, nenhuma palavra de conforto.

O perdão é artigo de luxo, a felicidade é representação utópica.

A noite em claro, uma doença sem cura, a parada cardíaca e nenhum desfibrilador em vista.

O eco do meu choro é música para seus ouvidos.

E essa vontade de gritar? De pedir? De voar?

Seu sorriso naquela foto doeu mais que uma facada.
Seu olhar de ódio matou mais que um tiro no peito.

Os sambas da madrugada me aconselharam, me deram serenidade, mas acordei e o cenário soou byroniano demais.

"quem me dera, ao menos uma vez, ter de volta todo ouro, que entreguei a quem conseguiu me convencer que era prova de amizade...

eu quis o perigo e até chorei sozinho"
NÃO.

E na cabeça martela a lição: "a vida é como uma roda gigante, um dia se está em cima, e no outro..."

mas, no fundo, eu era um lobisomem juvenil.






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