13/02/2011

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No caminho' trazia um girassol, amarelo, imensamente lindo, vivo.. que morreu no caminho'.
e os olhos da garota de cabelos vermelhos brilhavam pelo menino sem cor.
menino sem cor onde está você " agora além de aqui dentro de mim"?
E na estação do metrô Sé nunca deixou despedaçar as pétalas dos seus sonhos, tampouco murchar a flor no seu coração. mas.. sempre há o mas.

Eu sou narradora da estória do conto da bigorna, tudo explodia como um orgasmo, interromperam-o, e restou o mel da abelha perdida.

As gotas da chuva molharam seu vestido verde folha, seus dreads cortaram-se como galhos de árvores raras; suas ilusões, amputadas como o braço do pintor.

restara as embalagens dos dadinhos da noite anterior, restara a bruxa que permanece a segurar seu frágil coração.

As esquinas da Paulista com a Consolação, as travessas da Augusta guardam um punhado de paixão, espaços apertados, brigas embaixo do chuveiro - Tá gelado. - Não, tá muito quente!.
Empurrões da cama, disputa pelo lado, espaço, acesso ao controle da televisão.


Escadas de emergência, elevador, essa pedaço do bolo tem um gosto especialmente promissor.


Segunda.. terça.. quarta.. quinta.. sexta.. sabado.. domingo.

Uma semana com mais dias, um dia com mais horas, uma hora com mais minutos, um minuto com mais segundos, um segundo com mais sabor.
Quebrou a escada rolante, vou subir a escada.. dá sua mão tô cansada.


Não precisa falar mais nada.
Ainda desejo que o tempo pare, e tudo volte a SER como sempre foi (com vontade de mover montanhas, com a sensação de que fiquei para trás, cheia de saudades.. e vontades)

2 comentários:

Evandro Silva disse...

Me ajuda a seguir seus passos, sou tão frágil quanto vc. Eu tento ser melhor, mas.. sempre tem o mas... Queria ser melhor. Me ajuda.

Evandro Silva disse...

Desculpa pelo girassol.
Eu eh que devia ter te dado, não contrário.