O lençol negro os envolve num manto de prazer e perdição, se entregam ao corpo que os cobre de perversão em um instante dolorido e cheio de sensações. Suas mãos se tocam quase que ao mesmo tempo, ele a sente arranhar, tocar seu interior como quem invade sua alma e chupa seu pau delicioso e divino.
Os cheiros rodeiam o momento absurdo fadado ao descobrimento de um paraíso mundano, esfregam-se como em tango sobre a cama úmida de suor e porra. Ele omite sons que revelam sua saciedade e o nível do encanto interpela a experimentação de um abismo desejado por ambos. Se jogam no fundo do gozo e permitem-se usurpar as frustrações com o apoio deste ecstase inesquecível.
O antro do sexo é uma masmorra que os condena ao gosto doce e amargo de seus órgãos genitais em contrapartida ao anseio pelo amor correspondido.
Línguas correm o corpo moreno deste menino homem, ela se deixa deslizar e escorrer sua saliva que faz um efeito lubrificante e sujo intensificar o prazer compartilhado.
Lá fora chove, chora e inunda seu espirito de solidão, cá dentro a explosão cósmica de suas estratégias de envolvimento material preenchem todo o seu ser de esperma e satisfação à vaidade.
Ela sente as pernas tremerem, sente o corpo pesar e num instante majestoso, quase mágico, sente espirrar em sua bunda e costas, a conclusão de sua dança mistica que o inebriou ao encantamento menos puro já provado pelos estranhos que visitantes um do outro se tornam íntimos da dor e do clamor de suas almas abandonadas ao leo.
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