10/12/2013

Masturbador de ego

Ela agacha como quem se prepara para rezar, era uma terça feira de manhã, e lá fora a placa iluminada indica a localização.

Ele puxa seus cabelos para trás, lambe sua boca, cheira e depois empurra sua cabeça para baixo, ela atende seu pedido sem ser cobrada por isto.

Ambos imploram pela eternidade do momento, mesmo sabendo quão efêmero será.

Depois de molhar tudo, ela se ergue no colo dele, que em pé ao lado do espelho grande que há no quarto, se apoia com as costas, enquanto ela faz suar o espelho ao segurar com as mãos no mesmo, suas pernas trançam a virilha e costas dele que em um esforço grande, porém, que vale a pena realiza movimentos que impulsionam o prazer. Ele se cansa e a atira sobre a cama redonda com os lençóis vermelhos, vermelhas são as unhas, os lábios, o sangue, a dor e o sexo.

Ela geme (fiticiamente) como já fez muitas outras vezes, simula prazer, finge que está delirando pelo momento, ele se vê satisfeito e após o gozo vai até o chuveiro tomar uma ducha, ela diz que tem pressa e precisa ir ao trabalho, ele insiste para que ela fique, desliga o chuveiro, se enxuga, se veste e a acompanha até o metrô. Pede para que voltem a se ver, ela sorri amarelo, promete ligar, se despede com um beijo vazio com gosto de café frio e pega o metrô sentido Butantã (enquanto pensa "ligar para ele? -jamais").



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